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05/09 - PROJEÇÕES DA FUNDAÇÃO SEADE PARA PIB SP E BRASIL

Francisco Mota

" Com a divulgação do PIB do Estado de São Paulo relativo ao segundo trimestre, as estimativas de crescimento da economia paulista para 2019 foram revistas: em comparação às projeções anteriores, foram registradas reduções na mínima (de 1,4% para 1,3%), na média (de 1,7% para 1,4%) e na máxima (de 2,0% para 1,6%). Nesse novo quadro, a média das projeções indica que o Estado pode repetir a taxa de crescimento do ano passado, mas mostra tendência ascendente de crescimento no segundo semestre e mantém a trajetória da recuperação iniciada em 2017. É importante realçar o fato de que, embora a economia paulista tenha apresentado um desempenho favorável no segundo trimestre, com expansão de 0,7% em relação ao trimestre anterior (com ajuste sazonal) e evolução da taxa anual de 1,2% para 1,3%, as taxas projetadas foram revistas para baixo.

Um fator decisivo para explicar essa revisão reside no fato de que as últimas projeções foram realizadas a partir de dados mensais, onde o confronto com uma base de comparação reduzida em função da paralisação dos caminhoneiros, em maio e início de junho de 2018, pode ter provocado uma estimativa superior em relação aos mesmos meses, infl uenciando os modelos empregados no exercício de projeção. Nas projeções atuais, a utilização de dados trimestrais anula esse efeito específi co e alguns aspectos do comportamento recente devem ser destacados. Em primeiro lugar, pode ser mencionado o desempenho do setor industrial, que mostrou taxa de crescimento de 2,1% no trimestre contra o trimestre imediatamente anterior, com destaque para a indústria de transformação (3,6%). Esse resultado foi reforçado pela relativa estabilidade da construção civil (crescimento de 0,1%), que apresentou desempenho positivo pelo quarto trimestre consecutivo. Com isso as perspectivas da indústria para 2019 passaram a ser positivas, não obstante a taxa anual de -0,8% registrada no segundo trimestre. Ao mesmo tempo, o setor de serviços, que vem liderando o crescimento sobretudo em razão do desempenho do comércio, teve desempenho inferior à média da economia paulista no segundo semestre (0,5%, já descontados os efeitos sazonais). Nesse sentido, suas perspectivas de crescimento são de manutenção do ritmo atual, com a taxa anual projetada de 2,2%, a qual é levemente superior à computada para 2018 (2,0%). Esses aspectos se refl etem nas projeções realizadas para os principais setores da economia paulista, conforme ilustrado no quadro em destaque. No que tange ao conjunto da economia brasileira, é notada uma melhora no segundo trimestre, com crescimento de 0,4% em relação ao trimestre anterior (com ajuste sazonal) e evolução da taxa anual de 0,9% para 1,0%. Com isso, houve uma melhora das projeções para 2019, com a mínima passando de 0,0% para 0,7%, a média de 0,2% para 0,8% e a máxima de 0,4% para 0,8%. Por último, pode-se notar que, com base nas informações do PIB no segundo trimestre, a economia paulista deve encerrar 2019 com um crescimento do PIB acima do conjunto da economia nacional. Porém, em comparação às projeções anteriores, o diferencial caiu na média de 1,5 para 0,6 ponto porcentual. "




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