OPINIÃO:
MEDIDAS ECONÔMICAS EMERGENCIAIS DE INCENTIVO JÁ !!!
Repetindo: reafirmamos a necessidade de medidas microeconômicas emergenciais de curto prazo concomitantes aos trâmites das reformas, para reanimar mesmo que parcialmente a economia e o nível de emprego, se possível com medidas específicas aos setores mais expostos social e economicamente, e possibilitar o início da reversão da curva descendente do produto e também com impacto na confiança e expectativa dos agentes. Já foi anunciada a intenção do governo de liberação de verbas do PIS/PASEP e do FGTS neste sentido, em uma excelente iniciativa do governo, mesmo que de efeito temporário e na contramão das ideias liberais do ministro, que já deveria ter sido tomada e que não deve de forma alguma, esperar a aprovação da reforma da previdência. Seria para ontem! Boa iniciativa interna do governo também, o financiamento para recuperação de crédito pela caixa econômica federal e deveria ser feita a mesma operação com o banco do brasil de imediato com o BNDES, que tem recursos disponíveis para empréstimos, deveria haver política de crédito direcionado a investimentos em setores intensivos em mão de obra e capilaridade econômica de rápido retorno, imediata e responsavelmente. A iniciativa do cartão do caminhoneiro pareceu correta, embora com os problemas de falta de demanda e impostos de várias esferas, mas se retirou um risco iminente na economia. Necessário também, o corte da SELIC urgente, devido ao baixo risco inflacionário (projeções abaixo da meta e muito abaixo do teto, e também ociosidade absurda), principalmente agora com contribuição de alimentos e petróleo, como sinalização e instrumento de incentivo ao investimento direto, consumo e algum impacto nas cavalares taxas finais de crédito, e outras medidas como refinanciamento parcial de dívidas registradas no SPC, para tentar trazer de volta uma parcela de consumidores e investimentos, e até estudo mais aprofundado da viabilidade de propostas como a apresentada recentemente pela economista Monica de Bolle, mas já considerada em outras ocasiões, de utilização de parte das reservas cambiais, entre outras, para reversão positiva da confiança e expectativas dos agentes desde já. Os efeitos da reforma da previdência (que já começou com um exemplo muito ruim com a questão dos militares e deveremos ter outras exceções implantadas no caminho, sempre dos setores mais organizados e poderosos, como professores, policiais etc., ou políticos, como nos casos dos estados e municípios) e tributária, que embora essenciais, terão efeitos fiscais, mas principalmente sobre investimentos, somente no médio e longo prazo, com grande dependência do cenário externo e não resolverão automaticamente um bombástico cenário econômico de curto e médio prazo, que precisa de medidas auxiliares paralelas e sem derrapadas políticas. Basta ver a necessidade que já se aponta de mais um crédito adicional emergencial pelo governo, furando a “regra de ouro” novamente para o fechamento das contas de custeio do ano;
Muita atenção deve ser mantida ao petróleo devido às tensões entre irã e EUA, que embora amenizadas no momento, podem, no limite, gerar conflito aberto entre os dois países e impacto nos preços.
ONTEM
Ontem, dia de mercados positivos na bolsa brasileira e no exterior. No Brasil, o otimismo se deveu ao esforço de celeridade do presidente Rodrigo Maia para a votação da reforma da previdência na Comissão Especial ainda ontem, o que não ocorreu. O Ibov teve alta de +1,43%, e fechou aos 102.043 pts. e o dólar fechou em queda de -0,76% aos R$ 3,8251. Caso a reforma seja aprovada na Comissão Especial hoje, poderá ser votada ainda no primeiro semestre. No exterior, ADP EUA apontou criação de 102 mil vagas no setor privado contra expectativa de 140 mil, o que pode reforçar a queda de juros nos EUA. Números oficiais de desemprego dos EUA serão divulgados na sexta-feira. O mercado internacional aceitou bem a indicação pelos líderes europeus de Christine Lagarde como nova presidente do BCE que deverá seguir a linha mais "dovish" de Mario Draghi, seu antecessor. Houve também a indicação de Trump de dois novos diretores do FED, com o mesmo perfil.
Base da compilação: InfoMoney, Valor Econômico e Investing.
RESUMO DO FECHAMENTO DE QUARTA-FEIRA - 03/07
BOVESPA - B3
Bovespa: 102.043,11 pts. ( 1,43% dia / 1,07% sem. / 1,07% mês / 16,11% no ano / 38,52% 12m.)
Maior alta: GOLL4 R$ 35,44 ( 9,59% dia)
Maior baixa: MRVE3 R$ 19,10 ( -1,55% dia)
PRINCIPAIS BOLSAS DO ESTADOS UNIDOS:
Dow Jones: 26.966,00 pts. ( 0,67% dia / 1,38% sem. / 1,38% mês / 15,60% no ano / 11,55% 12m.)
S&P 500: 2.995,82 pts. ( 0,77% dia / 1,84% sem. / 1,84% mês / 19,51% no ano / 10,42% 12m.)
Nasdaq Comp.: 8.170,23 pts. ( 0,75% dia / 2,05% sem. / 2,05% mês / 23,13% no ano / 8,90% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA EUROPA:
DAX 30 (Alemanha): 12.616,24 pts. ( 0,71% dia / 1,75% sem. / 1,75% mês / 19,48% no ano / 2,16% 12m.)
FTSE 100 (Reino Unido): 7.609,32 pts. ( 0,66% dia / 2,47% sem. / 2,47% mês / 13,10% no ano / 0,21% 12m.)
CAC 40 (França): 5.618,81 pts. ( 0,75% dia / 1,44% sem. / 1,44% mês / 18,77% no ano / 5,68% 12m.)
FTSE MIB (Itália): 21.905,34 pts. ( 2,40% dia / 3,16% sem, / 3,16% mês / 19,54% no ano / 0,65% 12m.)
Euro TOP 100 (Z. Euro): 3.012,04 pts. ( 0,77% dia / 2,00% sem. / 2,00% mês / 16,50% no ano / 5,31% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA ÁSIA:
Xangai (China): 3.015,26 pts. ( -0,94% dia / 1,22% sem. / 1,22% mês / 20,91% no ano / 8,19% 12m.)
Hang Seng (Hong Kong): 28.855,14 pts. ( -0,07% dia / 1,09% sem. / 1,09% mês / 11,64% no ano / 1,08% 12m.)
Nikkei (Japão): 21.638,16 pts. ( -0,53% dia / 1,70% sem. / 1,70% mês / 8,11% no ano / -0,68% 12m.)
DÓLAR:
Dólar com. compra: R$ 3,8245; venda: R$ 3,8251 ( -0,76% dia / -0,37% sem. / -0,37% mês / -1,27% no ano
/ -1,80% 12m.)
JUROS FUTUROS (DI) B3:
JAN20: 5,975%pts. (0,000% no dia)
JAN21: 5,800%pts. (-0,040% no dia)
JAN22: 6,210%pts. (-0,070% no dia)
JAN23: 6,580%pts. (-0,070% no dia)
JAN24: 6,860%pts. (-0,060% no dia)
JAN25: 7,060%pts. (-0,040% no dia)
Fonte: ADVFN
PETRÓLEO:
WTI NY JUL/19 (barril) prévio: US$ 57,42 ( 2,08% dia / -1,80% sem. / -1,80% mês / 26,45% no ano /
-22,86% 12m.)
BRENT Londres AGO/19 (barril) prévio: US$ 63,84 ( 2,31% dia / -4,07% sem. / -4,07% mês /
18,66% no ano / -18,20% 12m.)
INDICADORES FINANCEIROS:
Selic - meta ao ano: 6,50%
CDI - taxa over ao ano: 6,40%
Poupança antiga (06/06): 0,5000% mês (depósitos até 03/05/12)
Poupança nova (06/06): 0,3715% mês (depósitos após 03/05/12)
Meta de inflação anual 2019: +4,25% (piso: +2,75%; teto: +5,75%)
Fontes: InfoMoney, ValorData e Investing
ABERTURA DE MERCADOS HOJE – QUINTA-FEIRA – 04/07 (dados de 7:19 Hs. – alta variabilidade)
FUTUROS DE WALL STREET EM ALTA:
S&P 500: FERIADO;
Dow Jones: FERIADO;
Nasdaq: FERIADO.
MAIORES BOLSAS EUROPEIAS OPERANDO EM ALTA:
DAX (Alemanha): +0,08%;
FTSE (Reino Unido): +0,13%;
CAC-40 (França): +0,03%;
FTSE MIB (Itália): +0,60%.
PRINCIPAIS BOLSAS ASIÁTICAS JÁ FECHADAS, NO MISTO:
Hang Seng (Hong Kong): -0,21%
Xangai (China): -0,33%;
Nikkei (Japão): +0,30%.
COMMODITIES EM QUEDA NO MOMENTO:
WTI em queda de -0,40% a US$ 57,09;
Brent em alta de -0,08% a US$ 63,77;
Futuros de minério de ferro em Dalian em baixa de -3,77% a 868,00 Yuanes – US$ 126,00.
HOJE
· Brasil: atenção total segue na votação da reforma da previdência na Comissão Especial Mista a partir das 9:00 Hs.;
· EUA: dados divulgados ontem de empego privado ADP piores do que o esperado animam mercados na esperança de corte de juros. Expectativa para 6ª feira com dados do “payroll” e mercado de trabalho;
· Europa: falta de liquidez devido ao feriado nos EUA. Bolsas Europa, embora abram em alta, analisam pequena queda no varejo mensal Zona do Euro maior que esperada e operam em ritmo de cautela (nem otimismo, nem pessimismo);
· Argentina: depois de torcermos contra, vamos torcer a favor dos dados de produção industrial da Argentina de maio que saem hoje;
· Petróleo: operando em queda com consumo menor que o previsto e perspectivas de desaceleração do consumo global e consumo menor que o esperado nos estoques EUA;
· EUA x China: novos anúncios de que negociações “face a face” começariam em breve, o que é risível, após nenhum avanço no G20 e em tantas outras ocasiões, ficando decisões mais dependentes de Tuites tresloucados do líder do norte, e que tem muitas chances nas próximas eleições;
· Resumo: feriado EUA deve tirar pujança dos mercados mundiais e aprovação da reforma na comissão deve trazer ânimo.
Base: InfoMoney, Investing e ValorData
AGENDA MACROECONÔMICA BÁSICA DA 5ª FEIRA – 04/07
· Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos – Junho – Dieese (maio: diminuição em 13 das 17 cidades pesquisadas; cesta básica média mais cara em São Paulo R$ 507,07; mais barata em Salvador R$ 392,97 / salário mínimo nominal: R$ 998,00; salário mínimo necessário c/base na cesta mais cara: R$ 4.259,90 -> 4,27 x SM)
· Vendas no Varejo – Zona do Euro – Maio (abril: -0,4%; 12m.: +1,5% / projeção Investing mês: +0,4%, 12m.: +1,6%)
· Produção Industrial – Argentina – Maio (abril 12m.: -8,8% / projeção Investing 12m.: -3,8%)
· Feriado EUA – Dia da Independência
BOA QUINTA-FEIRA!!!
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