OPINIÃO:
· MAIS MEDIDAS ECONÔMICAS EMERGENCIAIS DE INCENTIVO JÁ !!!
· Repetindo: necessidade de medidas econômicas emergenciais de curto prazo concomitantes aos trâmites das reformas, para reanimar, mesmo que parcialmente a economia e o nível de emprego, se possível, com medidas específicas aos setores mais expostos social e economicamente, e possibilitar o início da reversão da curva descendente do produto e também com impacto na confiança e expectativa dos agentes. Já foi anunciada pelo governo a liberação de verbas do FGTS neste sentido, o que é uma excelente iniciativa, mesmo que de efeito temporário e na contramão das ideias liberais do ministro, o problema é que o projeto é de liberação gradual ao longo dos meses no montante individual de R$ 500,00, o que parece não ser suficiente para impactar do modo necessário, significativo e imediato a economia, além dos problemas operacionais prolongados junto à CEF. Mas já é alguma coisa, e a medida já deveria ter sido tomada há tempos sem esperar a aprovação da reforma da previdência. Boa iniciativa interna do governo também, o financiamento para recuperação de crédito pela Caixa Econômica Federal e poderia ser replicada com o Banco do Brasil de imediato. Com o BNDES, deveria haver política imediata de incentivo de crédito direcionado a investimentos em setores intensivos em mão de obra e capilaridade econômica de rápido retorno, imediata e responsavelmente, incentivo e maior divulgação do Cartão BNDES aos microempresários. Necessário também, o corte da Selic urgente, devido ao baixo risco inflacionário (projeções abaixo da meta e muito abaixo do teto, e também ociosidade absurda), como sinalização e instrumento de incentivo ao investimento direto, consumo e algum impacto nas cavalares taxas finais de crédito, além de outras medidas como refinanciamento parcial de dívidas registradas no SPC, para tentar trazer de volta uma parcela de consumidores e investimentos, e até estudo mais aprofundado da viabilidade de propostas como a apresentada recentemente pela economista Monica de Bolle, mas já considerada em outras ocasiões, de utilização de parte das reservas cambiais, entre outras, para reversão positiva da confiança e expectativas dos agentes também. Os efeitos da reforma da previdência (que já começou com um exemplo muito ruim com a questão dos militares e deveremos ter outras exceções implantadas no caminho, sempre dos setores mais organizados e poderosos, como professores, policiais etc., ou políticos, como nos casos dos estados e municípios) e tributária, que embora essenciais, terão efeitos fiscais, mas principalmente sobre investimentos, somente no médio e longo prazos, com grande dependência do cenário externo, e não resolverão automaticamente um bombástico cenário econômico de curto e médio prazo, que precisa de medidas auxiliares paralelas e sem derrapadas políticas. Basta ver a necessidade que já se aponta de mais um contingenciamento orçamentário emergencial pelo governo.
Gostaria de ressaltar que esta necessidade de medidas de curto prazo, vem sendo divulgadas por economistas renomados como Roberto Macedo, a própria Monica de Bolle, Carlos Luque, Luiz Fernando Figueiredo (na questão dos juros) entre outros, em artigos e entrevistas, que pretendemos reproduzir por aqui;
· Cisne Negro 1: muita atenção deve ser mantida ao petróleo devido às tensões entre Irã, EUA e Inglaterra, que podem, no limite, gerar conflito aberto entre os países com impacto nos preços da commodity que já vem ocorrendo;
· Cisne Negro 2: no Brasil, a questão dos caminhoneiros segue no tema do dia com o governo revendo a tabela de fretes para tentar evitar nova paralisação.
ONTEM - 24/07
Mercado interno seguiu com atenção ao anúncio das regras de liberação tardia do FGTS, de R$ 500,00 por conta de 96 milhões de trabalhadores beneficiados, com impacto estimado de +0,35% no PIB e injeção de R$ 42 bi na economia entre este ano e 2020. Para 2019, serão R$ 30 bilhões entre FGTS e PIS/PSEP. Analistas atentaram para a relação direta entre a valorização das empresas ligadas a consumo e varejo com as medidas. Na direção inversa, operou a Vale com a queda do preço do minério de ferro na China. Outra pauta que segue no mercado é a eventual queda na Selic, já na próxima semana, mas o mercado avança "de lado" em virtude do recesso parlamentar e suspensão do andamento da reforma de previdência. Ibov fechou em alta de +0,40% aos 104.119 pts. e dólar a R$ 3,7678, em queda de -0,13%. Em Wall Street empresas operaram em queda no dia com investigações sobre empresas de tecnologia mas se recuperaram no fechamento e fecharam no misto com resultados opostos com Boeing (efeito 737 Max) e Caterpillar (efeito China) por exemplo, derrubando o Dow Jones, mas S&P e Nasdaq seguraram no azul. Os preços do petróleo fecharam em queda mesmo com estoques dos EUA bem abaixo do esperado. Analistas estimam pior demanda com a influência da guerra comercial China x EUA. Por ontem, nenhuma novidade com o Irã, mas o petróleo continua sendo um "cisne negro". Bolsas Europeias sem rumo definido, e no caso da Inglaterra com alguma influência do novo primeiro-ministro britânico e de suas propostas e gabinete.
Base da compilação: InfoMoney, Valor Econômico e Investing.
RESUMO DO FECHAMENTO DE QUARTA-FEIRA - 24/07
· Bovespa: 104.119,54 pts. ( 0,40% dia / 0,65% sem. / 3,12% mês / 18,47% no ano / 31,54% 12m.)
· Maior alta: CIEL3 R$ 7,62 ( 12,89% dia / 14,07% sem. / 13,39% mês / -10,12% no ano)
· Maior baixa: CSNA3 R$ 16,41 ( -3,92% dia / -6,60% sem. / -1,80% mês / 94,76% no ano)
PRINCIPAIS BOLSAS DO ESTADOS UNIDOS:
· Dow Jones: 27.269,97 pts. ( -0,29% dia / 0,43% sem. / 2,52% mês / 16,90% no ano / 8,03% 12m.)
· S&P 500: 3.019,56 pts. ( 0,47% dia / 1,44% sem. / 2,64% mês / 20,45% no ano / 7,06% 12m.)
· Nasdaq Comp.: 8.321,50 pts. ( 0,85% dia / 2,15% sem. / 3,94% mês / 25,41% no ano / 6,13% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA EUROPA:
· DAX 30 (Alemanha): 12.522,89 pts. ( 0,26% dia / 2,14% sem. / 1,00% mês / 18,60% no ano / -1,31% 12m.)
· FTSE 100 (Reino Unido): 7.501,46 pts. ( -0,73% dia / -0,10% sem. / 1,02% mês / 11,49% no ano / -2,69% 12m.)
· CAC 40 (França): 5.605,87 pts. ( -0,22% dia / 0,96% sem. / 1,21% mês / 18,50% no ano / 3,16% 12m.)
· FTSE MIB (Itália): 22.080,32 pts. ( 0,57% dia / 2,03% sem, / 3,98% mês / 20,50% no ano / 0,94% 12m.)
· Euro TOP 100 (Z. Euro): 2.993,17 pts. ( -0,23% dia / 0,92% sem. / 1,36% mês / 15,77% no ano / 2,32% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA ÁSIA:
· Xangai (China): 2.923,28 pts. ( 0,80% dia / -0,03% sem. / -1,87% mês / 17,22% no ano / 0,61% 12m.)
· Hang Seng (Hong Kong): 28.524,04 pts. ( 0,20% dia / -0,84% sem. / -0,07% mês / 10,36% no ano / -0,48% 12m.)
· Nikkei (Japão): 21.709,57 pts. ( 0,41% dia / 1,13% sem. / 2,04% mês / 8,47% no ano / -3,56% 12m.)
DÓLAR:
· Dólar com. compra: R$ 3,7672; venda: R$ 3,7678 ( -0,13% dia / 0,59% sem. / -1,86% mês / -2,75% no ano / 0,62% 12m.)
VOLATILIDADE:
· VIX : 12,07 pts. ( -4,28% dia / -16,47% sem. / -19,96% mês / -52,52% no ano / -2,74% 12m.)
· CDS Brazil 5 anos: US$ 126,510 ( -0,13% dia / -0,93% sem. / -15,20% mês / -42,20% 12m.)
PETRÓLEO:
· WTI NY SET/19 (barril) prévio: US$ 56,00 ( -1,36% dia / 0,67% sem. / -4,22% mês / 23,32% no ano / -18,21% 12m.)
· BRENT Londres SET/19 (barril) prévio: US$ 63,12 ( -1,11% dia / 1,04% sem. / -5,15% mês / 17,32% no ano / -13,85% 12m.)
INDICADORES FINANCEIROS:
· Selic - ano: 6,50%
· CDI - taxa over ao ano: 6,40%
· Poupança antiga: 0,5000% mês (depósitos até 03/05/12)
· Poupança nova: 0,3715% mês (depósitos após 03/05/12)
· Meta de inflação anual 2019: +4,25% (piso: +2,75%; teto: +5,75%)
Fontes: InfoMoney, ValorData e Investing
HOJE – 25/07
MANCHETES
Valor: Recurso do FGTS poderá ser usado como garantia para empréstimos
Folha: do Bradesco cresce 25% e chega a 6,5 bilhões no trimestre
Estado: Governo libera até R$ 500 de contas no FGTS e cria 'saque aniversário'
Infomoney: Bolsas no exterior operam em alta no aguardo da decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre juros; no Brasil, dados de emprego estão no radar
Investing:
1. BCE em destaque entre as atividades do bancos centrais
2. Dólar está próximo de uma alta de 1 mês graças à fraqueza dos rivais
3. Facebook lidera desfile de ganhos de tecnologia
4. Resultados da Tesla e da Ford atingem sentimento em redemoinho de notícias do setor automotivo
5. Mercado futuro dos EUA misto antes das divulgações de resultados
WSJ: Investidores se perguntam se o BCE pode fazer o suficiente para fazer a diferença
Bloomberg: Definição de ECB para corte de taxa de sinal conforme a economia diminui:
Reuters: Fed cortará taxas pela primeira vez em uma década este mês
FT: Mueller adverte sobre a interferência russa nas eleições de 2020 (dos EUA)
Economist: Boris Johnson reivindica seu prêmio. Novo primeiro-ministro da Grã-Bretanha vai liderar um governo frágil e potencialmente de curta duração.
Project Syndicate: Brexit de Boris. Anatole kaletsky acha que um cenário sem acordo para a retirada da Grã-Bretanha da União Europeia é menos provável do que muitos acreditam.
ANÁLISE
Mercados de olho na divulgação da taxa de juros do BCE com a expectativa de que Mario Draghi se antecipe ao Fed e pressione por menores custos de empréstimos. Ibov futuro abriu em queda e segue expectativa com os impactos no varejo da atrasada e pequena liberação do FGTS e, principalmente com a divulgação do Caged, com expectativa de mercado de que venha positivo, mas em um nível muito insignificante para o tamanho do desemprego e desocupação total.
Bolsas da Europa e dos EUA abrem em alta, na expectativa do comportamento dos juros, embora os primeiros PMIs, tenham vindo inferiores às expectativas. Ásia fechou em alta com expectativa das infindáveis e imprevisíveis negociações entre China x EUA, mas com efeito do mercado de semicondutores no Japão e Coreia do Sul.
Petróleo ainda como “cisne negro”, abre em alta mas com influências de todos os lados, os problemas no Oriente Médio, o baixo estoque dos EUA de um lado, mas expectativa de menor crescimento nas manufaturas de outro.
Fontes: InfoMoney, Investing e ValorData
ABERTURA DE MERCADOS HOJE – QUINTA-FEIRA – 25/07 (dados de 7:17 Hs. – alta variabilidade)
FUTUROS DE WALL STREET NO MISTO:
· S&P 500: +0,02%;
· Dow Jones: +0,15%;
· Nasdaq: -0,25%.
MAIORES BOLSAS EUROPEIAS OPERANDO EM ALTA:
· DAX (Alemanha): +0,06%;
· FTSE (Reino Unido): +0,26%;
· CAC-40 (França): +0,55%;
· FTSE MIB (Itália): +0,32%.
PRINCIPAIS BOLSAS ASIÁTICAS JÁ FECHADAS, EM ALTA:
· Hang Seng (Hong Kong): +0,25%
· Xangai (China): +0,48%;
· Nikkei (Japão): +0,22%.
COMMODITIES EM ALTA NO MOMENTO:
· WTI em alta de +0,91% a US$ 56,39;
· Brent em alta de +0,90% a US$ 63,75;
· Futuros de minério de ferro em Dalian em alta de +0,14% a 739,00 Yuanes / US$ 107,18.
VOLATILIDADE NO MISTO:
· VIX operando em +2,40% a 12,36 pts.
· CDS Brazil 5 anos em -1,09% a US$ 125,29.
INDICADORES FINANCEIROS:
· Ibov futuro operando em baixa de -0,07% a 104.345 pts.;
· Dólar comercial venda operando em baixa de -0,01% a R$ 3,7730;
· Bitcoin em alta a US$ 10.080,87 com +3,52%.
AGENDA MACROECONÔMICA BÁSICA DA 5ª FEIRA – 25/07
· IPC Fipe – 3ª quadrissemana julho (quadrissemana anterior: +0,10% / projeção Infinity: +0,07%)
· Transações Correntes – Junho – Bacen (maio: US$ 662 milhões; 12m.: US$ -13,9 bi -> 0,75% do PIB)
· Investimento Estrangeiro Direto – Junho – Bacen (maio: US$ +7,1 bi; 12m.: US$ +96,6 bi -> 5,19% do PIB / projeção Investing: US$ +7,5 bi)
· Reservas Internacionais – Junho – Bacen (maio: US$ 386,2 bi)
· Sondagem do Comércio (ICOM – Índice de Confiança do Comércio) – Julho – FGV Ibre (junho: 93,2 pts. / +1,8 pt. no mês / +2,3 pts. sobre mesmo mês do ano anterior)
· Decisão da taxa de juros – Zona do Euro – Julho (anterior: 0,00% / projeção Investing: 0,00%)
· Pedidos Iniciais por Seguro Desemprego (Initial Claims) – EUA – Semanal (semana anterior: 216 mil / projeção Investing: 217 mil)
· Também: atividade econômica anual de maio e balança comercial de junho da Argentina.
SEM DATA DEFINIDA:
· CAGED (movimento de empregos formais) – Junho – Ministério do Trabalho (maio: +32.140 postos; no ano: +351.063 postos; 12m.: +474.299 postos / projeção Infinity: +44.000 postos)
Acesse também:
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