Semana anterior terminou com a volta dos embates comerciais entre EUA e China após Trump retrucar tarifas impostas pela China aos automóveis americanos. O impacto local foi de queda de -2,34% no Ibov aos 97.667 pts. e de alta de +1,13% aos R$ 4,1250. A bolsa estava subindo após a fala de Powell dizendo que a autoridade monetária agiria apropriadamente para sustentar a expansão da economia, mas com a fala ou tuite de Trump tudo veio abaixo. Powell afirmou ainda que a economia norte-americana enfrenta riscos e que o Fed enxerga uma desaceleração global à frente e que a inflação parece ir no caminho da meta de 2% aa. Trump, em um de seus rompantes, ordenou pelo Twiter que as empresas americanas achassem alternativas à produção chinesa ou produzissem internamente. Pela manhã a China havia anunciado tarifas adicionais sobre US$ 75 bi em produtos dos EUA, cujas principais mercadorias são automóveis, tarifados entre 5% e 25% pelos chineses. No Brasil, o foco foi o impacto mundial dos incêndios na Amazônia, com Macron querendo levar o tema a ser discutido no encontro do G7 no final de semana. O governo montou um grupo de emergência para analisar a questão envolvendo ministérios, exército e outros agentes uma vez considerado o desgaste que está sendo causado à imagem do Brasil no exterior. Hoje houve a divulgação do CAGED de julho com criação líquida de 43.820 vagas, abaixo das expectativas de mercado e muito abaixo da necessidade da sociedade, que tem 12 milhões de desempregados, dai a campanha que temos feito rotineiramente de implementação de medidas emergenciais, sabemos que difíceis, que procurem iniciar a reversão deste quadro, mesmo que temporária ou parcialmente e a demonstração efetiva do governo com esta questão de relevante importância social, e mesmo rebate em aumento de arrecadação e menor pressão em gastos públicos. A reforma da previdência, deve ter o cronograma da análise na CCJ atrasado entre 4 por 5 dias.
Na abertura de hoje, segue a incrível e estapafúrdia novela EUA x China, agora com Trump amenizando o tom e dizendo que negociações deverão ser retomadas! Inacreditável a volatilidade que o rei das Playmates consegue transmitir ao mundo, mesmo com todos os absurdos comerciais, sociais, climáticos etc. cometidos pela China, mas trata-se das duas maiores potências mundiais! Outro aspecto interessante é o da extrema volatilidade dos mercados, pois a cada minuto, mesmo da noite ou da madrugada, pode sair um tuíte novo. Desta forma, o fechamento asiático ficou nas maiores bolsas no negativo, pois o ambiente era do acirramento da guerra comercial, tarifária e cambial. Agora logo cedo, os mercados dos EUA e da Europa e até do Brasil, já abriram no positivo, pois tivemos estas declarações do “ruivão” ou similar do norte! Acredito que isto seja desastroso para muitas operações financeiras e de multimercados, decisões de investimento, operações comerciais e por ai vai. Somente é bom, àqueles agentes do mercado que operam na volatilidade (bons especuladores). No Brasil, foco continua na Amazônia com descontingenciamento de verbas para o Ministério da Defesa. É uma pena, em um ambiente econômico e social, onde estas verbas poderiam estar sendo muito melhor utilizadas se tivéssemos sistemas de proteção e fiscalização adequados, e isto não é culpa do atual governo. Portanto, semana muito volátil e instável pela frente demandando operações cuidadosas e se possível, travadas (hedge).
Alguns destaques da Investing.com com Reuters (transcrição literal):
“1. Futuros dos EUA saltam enquanto Trump sinaliza mais conversas sobre comércio
Os futuros da Dow subiram três dígitos na segunda-feira, enquanto as ações europeias frearam as perdas (a bolsa de valores de Londres está fechada em razão um feriado) depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a China está pronta para voltar à mesa de negociações.
Trump disse a repórteres na cúpula do G-7 na França que os dois países haviam conversado durante a noite por telefone e planejavam voltar a negociações comerciais sérias.
Os mercados estarão à procura de mais comentários em uma coletiva de imprensa conjunta com Trump e o presidente da França, Emmanuel Macron, marcada para o final da cúpula do G-7 às 10h30 (no horário de Brasília).
2. O rendimento do Tesouro a 10 anos cai para o menor valor desde 2016, uma vez que a curva de 2/10 anos permanece invertida
A demanda por refúgio seguro fez com que os rendimentos dos bônus dos EUA caíssem, à medida que os investidores buscavam proteção na ausência de confirmação chinesa das alegações de Trump.
O rendimento do Tesouro dos 10 anos dos EUA caiu para 1,45%, seu nível mais baixo desde julho de 2016, enquanto os olhos permaneceram no spread com nota de 2 anos cujo rendimento permaneceu acima dos 10 anos.
A inversão da curva de juros entre os títulos de 2 anos/10 anos é amplamente observada como um sinal potencial da recessão que se aproxima.
3. Negociações comerciais entre EUA e Japão reduzem as tensões
Trump e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciaram no domingo que concordaram em princípio com um acordo comercial que reduziria as tarifas japonesas sobre carne bovina, suína e outros produtos agrícolas, ao mesmo tempo em que adia temporariamente a ameaça adicional de tarifas norte-americanas para automóveis japoneses.
Trump também disse que o Japão compraria grandes quantidades de trigo e milhodos EUA.
4. Espera-se que os pedidos de bens duráveis dos EUA desaceleram
Na frente de dados dos EUA, os investidores estarão de olho nos pedidos de bens duráveis de julho às 9h30 para obter informações sobre a atividade de fabricação e os gastos de capital dos EUA.
As encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves e peças, um indicador comumente usado como prévia para os gastos das empresas, devem ter caído 0,1%, já que as tensões atuais da disputa comercial sino-americana pesaram.
5. Confiança dos empresários alemães atinge o menor nível em sete anos
A confiança dos empresários alemães caiu mais do que o esperado para atingir seu nível mais baixo desde novembro de 2012.
Analistas disseram que os dados são mais um sinal de danos à maior economia da zona do euro, devido à escalada dos conflitos comerciais.
Os exportadores alemães enfrentam uma pressão crescente das políticas comerciais de Trump e também permanecem atolados na incerteza sobre a futura saída do Reino Unido da União Europeia.
A economia alemã se contraiu 0,1% no período de abril a junho devido a uma queda nas exportações e o banco central do país disse que espera uma nova retração no atual trimestre, o que colocaria a maior economia da zona do euro em uma recessão técnica.”
Base: Valor, InfoMoney e Investing.
MAIS MEDIDAS ECONÔMICAS EMERGENCIAIS DE INCENTIVO IMEDIATAS, COMO JÁ FEITO COM FGTS, REDUÇÃO SELIC, DIMINUIÇÃO DE JUROS E NEGOCIAÇÕES CEF (EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS), MESMO QUE COM EFEITOS PARCIAIS !!! PROJEÇÃO DE DESEMPREGO NO FOCUS E META DE DESEMPREGO NO COPOM FIRMANDO COMPROMISSO FORMAL DO GOVERNO COM A QUESTÃO !!!
RESUMO DO FECHAMENTO DE SEXTA-FEIRA - 22/08
BOVESPA - B3
Bovespa: 97.667,49 pts. ( -2,34% dia / -2,14% sem. / -4,07% mês / 11,13% no ano / 29,13% 12m.)
Maior alta: SMLS3 R$ 37,85 ( 2,83% dia / 7,38% sem. / -4,01% mês / -7,14% no ano)
Maior baixa: UGPA3 R$ 16,02 ( -5,43% dia / -2,91% sem. / -19,29% mês / -38,97% no ano)
PRINCIPAIS BOLSAS DO ESTADOS UNIDOS:
Dow Jones: 25.628,90 pts. ( -2,37% dia / -0,99% sem. / -4,60% mês / 9,87% no ano / -0,11% 12m.)
S&P 500: 2.847,11 pts. ( -2,59% dia / -1,44% sem. / -4,47% mês / 13,57% no ano / -0,35% 12m.)
Nasdaq Comp.: 7.751,77 pts. ( -3,00% dia / -1,83% sem. / -5,18% mês / 16,83% no ano / -1,61% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA EUROPA:
DAX 30 (Alemanha): 11.611,51 pts. ( -1,15% dia / 0,42% sem. / -4,74% mês / 9,97% no ano / -6,10% 12m.)
FTSE 100 (Reino Unido): 7.094,98 pts. ( -0,47% dia / -0,31% sem. / -6,48% mês / 5,45% no ano / -6,19% 12m.)
CAC 40 (França): 5.326,87 pts. ( -1,14% dia / 0,49% sem. / -3,48% mês / 12,60% no ano / -1,71% 12m.)
FTSE MIB (Itália): 20.473,86 pts. ( -1,65% dia / 0,74% sem, / -4,32% mês / 11,73% no ano / -0,65% 12m.)
Euro TOP 100 (Z. Euro): 2.843,26 pts. ( -0,87% dia / sem. / -3,99% mês / 9,97% no ano / -0,88% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA ÁSIA:
Xangai (China): 2.897,43 pts. ( 0,49% dia / 2,61% sem. / -1,20% mês / 16,18% no ano / 6,34% 12m.)
Hang Seng (Hong Kong): 26.179,33 pts. ( 0,50% dia / 1,73% sem. / -5,75% mês / 1,29% no ano / -5,80% 12m.)
Nikkei (Japão): 20.710,91 pts. ( 0,40% dia / 1,43% sem. / -3,77% mês / 3,48% no ano / -7,59% 12m.)
DÓLAR:
Dólar com. compra: R$ 4,1244; venda: R$ 4,1250 ( 1,13% dia / sem. / 8,03% mês / 6,47% no ano / 0,07% 12m.)
JUROS FUTUROS (DI) B3:
JAN20: 5,410% (0,020% no dia)
JAN21: 5,440% (0,060% no dia)
JAN22: 6,000% (0,050% no dia)
JAN23: 6,440% (0,060% no dia)
JAN24: 6,750% (0,060% no dia)
JAN25: 6,940% (0,050% no dia)
Fonte: ADVFN
VOLATILIDADE:
VIX : 19,87 pts. ( 19,12% dia / 7,58% sem. / 31,76% mês / -21,83% no ano / 60,11% 12m.)
CDS Brazil 5 anos: US$ 135,360 ( -0,12% dia / -1,53% sem. / -9,26% mês / no ano / -50,87% 12m.)
COMMODITIES:
Petróleo WTI NY OUT/19 (barril) prévio: US$ 53,95 ( -2,53% dia / -1,68% sem. / -7,90% mês / 18,81% no ano / -20,46% 12m.)
Petróleo BRENT Londres OUT/19 (barril) prévio: US$ 59,13 ( -1,32% dia / 0,84% sem. / -9,27% mês / 9,91% no ano / -20,88% 12m.)
Minério de Ferro (Porto de Qingdao/China/62% spot) US$/ton: US$ 87,81 ( 4,02% dia / sem. / -25,04% mês / 20,73% no ano / 29,72% 12m.)
Ouro (NY) US$/onça troy : US$ 1.526,74 ( 1,93% dia / sem. / 8,00% mês / 19,07% no ano / 28,80% 12m.)
INDICADORES FINANCEIROS:
Selic - meta ao ano: 6,00%
CDI - taxa over ao ano: 5,90%
Poupança antiga: 0,5000% mês (depósitos até 03/05/12)
Poupança nova: 0,3715% mês (depósitos após 03/05/12)
Meta de inflação anual 2019: +4,25% (piso: +2,75%; teto: +5,75%)
· IPC-S Capitais – 3ª quadrissemana agosto – FGV Ibre (Índice geral da 3ª quadrissemana agosto: +0,22%. Na 2ª quadrissemana agosto (+0,26%): maior indicador em São Paulo com +0,49% e menor em Salvador com -0,03% / diferença entre os limites de +0,52%)
· Sondagem da indústria (ICI – Índice de Confiança da Indústria) – Agosto – FGV Ibre (julho: 94,8 pts.; -0,9 pt. no mês; -4,6 pts. sobre mesmo mês do ano anterior; Nuci: 75,5%)
· Também: índice Ifo de Clima de negócios Alemanha de agosto.
Acesse também:
Agendas completas, divulgações de dados e informações macroeconômicas no site “Conjuntura Macroeconômica”:
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