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FLASH DE ABERTURA DE MERCADOS – 04/09/19

Francisco Mota

- Ontem volatilidade no Ibov seguindo perdas WS com impacto das dificuldades nas negociações EUA x China (ninguém aguenta mais e imaginem se o Trump for reeleito!) e alguns indicadores fracos nos EUA. Afetou também o Ibov, a queda do PIM-PF julho e queda do índice Merval da Argentina (Ibov aos 99.680 pts. -0,94%). Ameaças de endurecimento de Trump nas negociações em eventual segundo mandato ajudaram a piorar. Ontem, Europa também em queda generalizada com as questões parlamentares e do Brexit.


- Dado interno principal de ontem foi produção industrial julho Ibge (PIM PF) que caiu pelo 3º mês seguido e pior desempenho para o mês em 4 anos. Variação de -0,3% no mês, -2,5% contra julho/18 e -1,7% no ano, ie, o “pau quebrou” para todo lado em julho. Mas devemos ressaltar que o indicador mais ágil, PMI Markit manufatura, de agosto, já sinalizou melhora com 52,5 pts. contra 42,9 pts. no mês anterior. Mas o Focus prevê fantásticos +0,08% ao fim de 2019, enfim, mesmo que melhore um pouco com sazonalidade de encomendas etc., ano quase perdido para indústria.


- Exterior, atenção às falas das autoridades do FED EUA antes do blecaute (FED NY, Minneapolis e Chicago) e tentar ler alguma indicação de política monetária e juros.


- “Hoje, é um novo dia” como dizia a propaganda, e as bolsas da Europa, WS e Ásia (fechadas no misto) abrem em alta devido à suspensão pelo parlamento britânico do Brexit duro e com possível acordo sobre o cancelamento das regras de extradição em Hong Kong. Também ajudou Ásia, o Caixin de serviços positivo da China. A questão da suspensão do Brexit duro fez a libra subir.


- Petróleo, após queda de ontem, vem em recuperação com minério de ferro também.


- Ontem, IPC-S capitais com maior indicador em São Paulo, com +0,28%, e IPC Fipe de agosto com +0,33%, com maior impacto positivo em habitação e de queda em alimentos, que se anualizados, ficam abaixo da meta de +4,25%, ajudando a confirmar espaço para mais corte de juros.


- Indicadores macroeconômicos de hoje: PMI Markit Composto e de serviços Brasil, balança comercial de julho dos EUA e vendas no varejo de agosto da Zona do Euro.


- Reafirmamos que continua existindo a necessidade de medidas econômicas emergenciais (micro e macro) para ajuda, mesmo que pequena, na inclinação positiva da confiança e, principalmente, na redução do desemprego. Algumas já foram tomadas pelo governo de modo muito positivo, mas ainda muito tímido. Não se trata de iniciativas para se reverter o PIB ou voo de galinha, como alguns economistas vem chamando, mas de medidas paralelas, às vezes específicas às de efeito mais longo, como as reformas, aproveitando oportunidades pontuais. Como já dissemos, ainda não notamos um plano articulado, por exemplo (que deveria ter sido feito em novembro do ano passado!), para a área de turismo, que não exige tanto investimento e é altamente intensivo em mão de obra não especializada, menos para o Rio de Janeiro por razões óbvias e tristes. Aliás, seguimos pela inclusão de meta de desemprego maleável no Copom e estimativas de desemprego no Focus !!!


Bom dia a todos,


Francisco Mota


(Bases: InfoMoney, Investing, TradingEconomics e Valor)







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