DIVULGAÇÕES MACROECONÔMICAS DA QUARTA-FEIRA – 31/07/19
FELICIDADE E PARABÉNS AO COPOM PELOS JUROS, MESMO COM ATRASO, MAS CONTINUIDADE DE MEDIDAS EMERGENCIAIS JÁ !!!
Divulgação de vários indicadores e notícias positivas para a economia de modo geral. Até que enfim, a principal notícia foi o corte da taxa de juros Selic pelo Copom de 6,50% para 6,00%, com bastante atraso, mas que deve influenciar na queda de juros do sistema bancário, começando pelos bancos públicos, como já anunciado pela CEF e BB, e até pelo Itaú, como falamos um monte de vezes por aqui e afetar investimentos e consumo. A sociedade, os desempregados e os subocupados agradecem !!! A segunda notícia positiva foi a PNAD Ibge do trimestre encerrado em junho com 12,0% de desemprego contra 12,3% no trimestre findo em maio/19. Embora tenha ocorrido um pequeno ganho, o tamanho do desafio ainda é imenso e não pode esperar os efeitos das reformas que são de médio e longo prazos. Por isso, afirmamos a necessidade de mais medidas de incentivo já. A população desocupada ainda é de 12,8 milhões de pessoas, e a subutilizada é de 28,4 milhões (24,8%), verdadeira chaga social com efeito em gastos públicos, violência, saúde, perda de formação e produtividade.
O Índice de Preços ao Produtor de junho do Ibge também veio bom, com deflação de -1,14% no mês e +3,75% em 12 meses com influência da valorização do real frente ao dólar, o que acabou sendo muito positivo para os índices de atacado, depois do IGP-M de julho divulgado ontem com +0,40%. A princípio, indicam menor pressão sobre os índices ao consumidor e sobre a meta de inflação, tranquilizando um pouco o corte dos juros.
Dois indicadores de confiança da FGV vieram também positivos: o índice de confiança empresarial (ICE) de julho subiu 0,9 pt. para 93,9 pts., influenciado pelas expectativas de reforma da previdência e da liberação das cotas do PIS/PASEP. Também o indicador de incerteza na economia (IIE-Br) recuou 10,7 pts. para 108,4 pts. com a expectativa da reforma e da queda de juros.
No cenário externo, não foi diferente, com o corte da taxa de juros dos EUA pelo Fomc de +2,50% para +2,25% como esperado pelo mercado, tendo sido o ponto destoante o discurso um pouco confuso de Powell não deixando claro o viés para as próximas reuniões, o que acabou por afetar as bolsas de Wall Street e até do Brasil. Powell disse que o afrouxamento era justificado pelas incertezas decorrentes da fraqueza da economia global e das tensões comerciais. Picuinhas do mercado, uma vez que este corte já está dado, aliás, em um cenário de bom PIB, inflação baixa, emprego bom, que nem justificaria muito o procedimento, fora as pressões e gritos de Trump por mais corte. Também veio positiva, e até um pouco acima da expectativa a criação de empregos no setor privado (ADP employment) de julho, com 156 mil vagas, contra expectativa de 150 mil. O mês anterior veio com 102 mil. Estes números positivos na economia americana vão fornecendo combustível para a campanha de Trump e para seu confronto com a China.
A Zona do Euro também não pode reclamar, pois a prévia do PIB do 2º trimestre veio com +0,2% e +1,1% no anualizado, um pouco acima das projeções. Realmente, não é o melhor cenário do mundo, mas em meio a tantas incertezas, já ajuda. A taxa de desemprego teve até uma pequena queda para +7,5% de 7,6% em maio, lembrando sempre, que é uma média de vários países diferentes, como Grécia e Alemanha por exemplo.
Para finalizar, o PMI industrial Caixin da China de julho veio em 49,9 pts., acima dos 49,4 de junho e da projeção de 49,6 pts. e o desemprego ficou estável em 5% na Alemanha. Números bons para encararmos a quinta-feira !
FLASH DE ABERTURA DA QUINTA-FEIRA – 01/08/19
MAIS MEDIDAS ECONÔMICAS EMERGENCIAIS DE INCENTIVO JÁ !!!
Mercado fechou o mês na "super quarta", com notícia da redução dos juros nos EUA ainda durante o pregão, de +2,50% para +2,25%, conforme esperado pelo mercado, mas com um pronunciamento de Powell considerado preocupante pelos agentes sem uma sinalização mais clara dos próximos passos do Fed, dando a entender que esta redução não significa o início de um prolongado ciclo de cortes. Powell disse que o afrouxamento era justificado pelas incertezas decorrentes da fraqueza da economia global e das tensões comerciais. Esta confusão, materializou o positivo corte de juros, no negativo desempenho das bolsas de Wall Street e até do Brasil com queda de -1,09% no dia a 101.812 pts. um pouco ajudado pela queda de BBDC3, e da expectativa com o Copom de depois do fechamento, mas houve ganho de +0,84% no mês. O Copom acabou por reduzir surpreendentemente a Selic de +6,50% para +6,00%. Segundo a Trading Economics “o Comitê sinalizou maior flexibilização, ressaltando que dados recentes indicam atividade econômica mais fraca de trimestres anteriores; uma desaceleração da economia global e uma inflação doméstica mais lenta. Também mencionou como principal capacidade de folga dos riscos inflacionários; expectativas frustradas sobre reformas estruturais e condições externas desfavoráveis nos mercados emergentes. A perspectiva econômica ainda é sombria, já que o PIB encolheu 0,2% no trimestre no primeiro trimestre, desacelerando em relação à expansão de 0,1% no período anterior.”
O dólar fechou o dia com +0,73% e o mês com -0,55%. Bolsas da Europa e da Ásia fecharam em queda. Petróleo fechou em pequena queda e o índice Vix voltou a fechar no positivo, com +32,57% na semana, indicando certa instabilidade econômica.
RESUMO DO FECHAMENTO DE QUARTA-FEIRA - 31/07
BOVESPA - B3
Bovespa: 101.812,13 pts. ( -1,09% dia / -0,98% sem. / 0,84% mês / 15,84% no ano / 28,52% 12m.)
Maior alta: SMLS3 R$ 39,43 ( 4,31% dia / 5,85% sem. / -6,12% mês / -3,26% no ano)
Maior baixa: BBDC3 R$ 31,11 ( -3,39% dia / -5,07% sem. / -6,55% mês / 11,16% no ano)
PRINCIPAIS BOLSAS DO ESTADOS UNIDOS:
Dow Jones: 26.864,27 pts. ( -1,23% dia / -1,21% sem. / 0,99% mês / 15,16% no ano / 5,70% 12m.)
S&P 500: 2.980,38 pts. ( -1,09% dia / -1,50% sem. / 1,31% mês / 18,89% no ano / 5,83% 12m.)
Nasdaq Comp.: 8.175,42 pts. ( -1,19% dia / -1,86% sem. / 2,11% mês / 23,21% no ano / 6,56% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA EUROPA:
DAX 30 (Alemanha): 12.189,04 pts. ( 0,34% dia / -1,86% sem. / -1,69% mês / 15,44% no ano / -4,81% 12m.)
FTSE 100 (Reino Unido): 7.586,78 pts. ( -0,78% dia / 0,50% sem. / 2,17% mês / 12,76% no ano / -2,09% 12m.)
CAC 40 (França): 5.518,90 pts. ( 0,14% dia / -1,62% sem. / -0,36% mês / 16,66% no ano / 0,14% 12m.)
FTSE MIB (Itália): 21.398,19 pts. ( 0,56% dia / -2,01% sem, / 0,77% mês / 16,78% no ano / -3,68% 12m.)
Euro TOP 100 (Z. Euro): 2.961,52 pts. ( 0,19% dia / -1,03% sem. / 0,29% mês / 14,54% no ano / 0,23% 12m.)
PRINCIPAIS BOLSAS DA ÁSIA:
Xangai (China): 2.932,51 pts. ( -0,67% dia / -0,41% sem. / -1,56% mês / 17,59% no ano / 1,95% 12m.)
Hang Seng (Hong Kong): 27.777,75 pts. ( -1,31% dia / -2,18% sem. / -2,68% mês / 7,48% no ano / -2,82% 12m.)
Nikkei (Japão): 21.521,53 pts. ( -0,86% dia / -0,63% sem. / 1,15% mês / 7,53% no ano / -4,58% 12m.)
DÓLAR:
Dólar com. compra: R$ 3,8178; venda: R$ 3,8184 ( 0,73% dia / 1,23% sem. / -0,55% mês / -1,44% no ano / 1,73% 12m.)
JUROS FUTUROS (DI) B3:
JAN20: 5,590%pts. (0,020% no dia)
JAN21: 5,480%pts. (0,050% no dia)
JAN22: 5,910%pts. (0,050% no dia)
JAN23: 6,350%pts. (0,060% no dia)
JAN24: 6,670%pts. (0,040% no dia)
JAN25: 6,880%pts. (0,050% no dia)
Fonte: ADVFN
VOLATILIDADE:
VIX : 16,12 pts. ( 15,64% dia / 32,57% sem. / 6,90% mês / -36,59% no ano / 25,64% 12m.)
PETRÓLEO:
WTI NY SET/19 (barril) prévio: US$ 57,65 ( -0,69% dia / 2,58% sem. / -1,40% mês / 26,95% no ano)
BRENT Londres OUT/19 (barril) prévio: US$ 64,21 ( -0,79% dia / 1,18% sem. / -3,52% mês / 19,35% no ano / -13,83% 12m.)
INDICADORES FINANCEIROS:
Selic - meta ao ano: 6,50%
CDI - taxa over ao ano: 6,40%
Poupança antiga: 0,5000% mês (depósitos até 03/05/12)
Poupança nova: 0,3715% mês (depósitos após 03/05/12)
Meta de inflação anual 2019: +4,25% (piso: +2,75%; teto: +5,75%)
Fontes: InfoMoney, ValorData e Investing
HOJE – QUINTA-FEIRA - 01/08
Atenções de hoje deverão estar voltadas aos impactos do significativo e inesperado corte de juros no Brasil de 6,5% para 6,0%, divulgado ontem após o fechamento, sobre mercados e agentes econômicos, pois não se aguardava este percentual de redução. Este corte associado à redução da taxa de juros americana deverá impactar positivamente a bolsa e derrubar o dólar agora no curto prazo, embora ainda exista uma ponta para se fechar a reforma da previdência e já tenha ocorrido uma certa precificação dos cortes.
Ainda no ambiente interno, a divulgação da importante Pesquisa Industrial Mensal, a famosa PIM-PF do Ibge de junho, concomitante com a pesquisa de Indicadores Industriais de junho da CNI. As expectativas para as variações mensais não são positivas, e já houve a divulgação antecedente e negativa da pesquisa da FGV Ibre para julho. Pode ser que comece a ocorrer alguma reversão a partir de setembro, com a entrada dos recursos do FGTS e PIS/PASEP no mercado, incentivando comércio e varejo e por conseguinte, setores da indústria, pois existe a concorrência com os importados. A Balança Comercial de julho também deverá ser divulgada, e deverá vir sem grandes sobressaltos, exceto impacto da crise Argentina e queda de exportações de minério de ferro.
Para os EUA, a divulgação semanal dos pedidos iniciais por seguro desemprego (initial claims) serão mais um balizador antecedente do mercado de trabalho norte-americano que terá vários indicadores na sexta-feira.
Para o mercado, o que poderá realmente afetar, será a divulgação dos PMIs de vários países, entre eles, EUA, Alemanha e França.
Bolsas asiáticas no misto, com China em queda ! Mercado é mercado, mesmo com a melhora do PMI Caixin, mas o mercado interpretou que ficou abaixo do ponto de estabilidade 50 ! Agora saiu, sabendo pela Infinity, PMI de indústria veio negativo afetando cotações.
Wall Street abrindo na alta, mesmo com o problema da fala do Powell, do qual sinceramente tenho dó. De um lado, Trump “buzinando” em sua orelha, de outro analistas analisando cada vírgula, cada frase, cada verbo... para nós, os juros baixaram. Ponto. Aguardemos os próximos indicadores.
Petróleo volta para queda até algum novo navio seja sequestrado, ou que o indicador reflita reaquecimento da economia e VIX reflui indicando tranquilidade no momento nos mercados.
ABERTURA DE MERCADOS HOJE – QUINTA-FEIRA – 01/08 (dados de 7:33 Hs. – alta variabilidade)
FUTUROS DE WALL STREET EM ALTA:
· S&P 500: +0,19+;
· Nasdaq: +0,29%;
· Dow Jones: +0,23%;
MAIORES BOLSAS EUROPEIAS OPERANDO EM ALTA:
· DAX (Alemanha): +0,37%;
· FTSE (Reino Unido): +0,24%;
· CAC-40 (França): +0,71%;
· FTSE MIB (Itália): +0,77%.
PRINCIPAIS BOLSAS ASIÁTICAS JÁ FECHADAS, NO MISTO:
· Hang Seng (Hong Kong): -0,76%
· Xangai (China): -0,81%;
· Nikkei (Japão): +0,09%.
COMMODITIES EM BAIXA NO MOMENTO:
· WTI em alta de -1,31% a US$ 57,81;
· Brent em alta de -1,01% a US$ 64,39;
· Futuros de minério de ferro em Dalian em baixa de -3,61% a 747,50 Yuanes / US$ 108,32.
VOLATILIDADE EM BAIXA:
· VIX operando em -6,70% a 15,04 pts.
INDICADORES FINANCEIROS:
· Ibov futuro operando em alta de -1,11% a 102.022 pts.;
· Dólar comercial venda operando em baixa de +0,02% a R$ 3,8131;
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